ATA DA DÉCIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 06-8-2008.

 


Aos seis dias do mês de agosto do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e quarenta e quatro minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Dr. Goulart, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Claudio Sebenelo, Ervino Besson, João Antonio Dib e José Ismael Heinen e a Vereadora Neuza Canabarro. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Sofia Cavedon manifestou-se acerca do Pedido de Providências nº 2787/08, de sua autoria, que solicita a retirada de lixo acumulado a céu aberto em área da Vila Dique, enfatizando os riscos que a falta de limpeza do local representa para aquela comunidade. Ainda, chamou a atenção para dificuldades enfrentadas pelos moradores da Vila Mapa, em virtude da cobrança de taxa para retirada de lixo pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 037/08, discutido pelos Vereadores Carlos Comassetto e Professor Garcia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, o Vereador Carlos Comassetto discutiu o Projeto de Lei do Executivo nº 037/08, que autoriza a contratação de operação de crédito junto à Caixa Econômica Federal. Também, aludindo à função fiscalizadora do Poder Legislativo, criticou a gestão do Prefeito José Fogaça, citando problemas verificados em licitação do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, para prestação de serviços de coleta de lixo em Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pelo Governo, o Vereador Professor Garcia replicou críticas ao Governo Municipal hoje formuladas pelo Vereador Carlos Comassetto, em Comunicação de Líder, defendendo medida do Prefeito José Fogaça, de suspender licitação do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, em face da possibilidade de terem ocorrido problemas no encaminhamento dessa concorrência pública. Também, manifestou-se quanto ao Projeto de Lei do Executivo nº 037/08. A seguir, o Senhor Presidente convidou todos os Senhores Vereadores para Audiência Pública, hoje, às dezenove horas, destinada a discutir o Projeto de Lei do Legislativo nº 006/08, e para debate programado para o dia oito de agosto do corrente, acerca do tipo adequado de sacola a ser utilizada no comércio da Cidade, ambos os eventos a serem realizados no Plenário Otávio Rocha. Ainda, em face de questionamento formulado pelo Vereador João Antonio Dib, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca das reuniões da Mesa Diretora e do Colégio de Líderes programadas para amanhã, respectivamente às dezessete e dezoito horas, neste Legislativo. Às dezesseis horas e doze minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Sebastião Melo e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, Vereadores da Bancada do Partido dos Trabalhadores, nós estamos nesta Sessão Extraordinária, porque não temos divergência quando se trata de acelerar recursos para a Cidade; e nós faremos a discussão, com certeza, na Reunião Conjunta, se houver essa intenção de urgência.

Uso o espaço de Liderança para tratar de dois temas que considero fundamentais. Fiz no microfone o Pedido de Providências já assinado e já protocolado, porque nós estamos em Porto Alegre, Ver. Guilherme Barbosa, com um lixão a céu aberto. Pasmem! Depois de ser a Cidade protagonista e vanguarda no tratamento do lixo, na construção de aterros sanitários ambientalmente adequados, em toda a parte da Vila Dique, toda parte lindeira, atrás das casas que estão sobre o dique, a parte não asfaltada - fui chamada por moradores, entrei no pátio, se pode se chamar aquilo de pátio, porque quase não tem pátio, fotografei no final da tarde -, é impressionante e inadmissível o que enxerguei lá: seguramente, tem mais de 100 metros de comprimento por 20 de largura de lixo depositado ao longo do dique; uma quantidade muito grande de lixo, numa enorme extensão, Ver. Garcia – e não é um, nem dois, nem três. A Dona Eva, ou é Coordenadora do CAR ou CROP, não sei exatamente a função, desde o ano passado, é sabedora do problema. O DMLU simplesmente não retira, não age. É grave a situação: existência de ratos, de crianças com problemas de saúde gravíssimos, porque, também a via, no Centro da Vila Dique, em toda parte que não é asfaltada, é extremamente desorganizada, não cuidada. Então, quando chove, são buracos e lama e lama. E, quando está seco é pó, pó e pó, porque passam muitas carroças, porque passam caminhões, porque passa o caminhão do lixo e as moradias junto à via ficam tapadas de pó. A situação é dramática. Eu acho que é uma calamidade pública e é o retrato, lamentavelmente, do abandono e da desorganização da limpeza urbana nesta Cidade. Nós vínhamos falando, vínhamos denunciando que a periferia - e assim está a parte do Arroio Feijó, do Recanto do Sabiá - está coberta de lixo, sem intervenção do DMLU, sem intervenção ambiental, sem intervenção de recolhimento. Hoje, eu recebi uma denúncia de que, para retirar o lixo grande dos pátios lá na Vila Mapa, o DMLU - não sei como, não sei se é por meio de cooperativa, provavelmente é terceirizada - cobra R$ 78,00. Se o morador tem um lixo grande - serviço feito, antes, pelo DMLU, num programa que se chamava Projeto Bota-Fora -, cortou uma árvore, botou fora o entulho, um sofá, um material maior que precisa da retirada, tem que pagar 78 reais, possivelmente, num trabalho clandestino das empresas terceirizadas. Então, é lamentável, e eu peço, neste microfone, providências. Independente de ser uma denúncia política, é uma denúncia para uma necessária e urgente intervenção, Ver. Nedel, na Vila Dique. É muito grave a situação daquele lixão, são muitas crianças, muitos moradores sendo atingidos na sua saúde pública. E o meio ambiente, passados aqueles 15 metros de lixo branco, onde só enxergamos sacolas na extensão de 100 quilômetros, se enxerga atrás um belíssimo mangue, plantas baixas, água, ou seja, a natureza ali está sendo degradada pela ausência de política pública, de intervenção do DMLU, de educação ambiental, de presença constante. Infelizmente, era um dia de chuva, mas aqui está uma das fotos comprovando o que eu vi, e isso, segundo os moradores, é porque não há a presença da Prefeitura. (Mostra fotografia.) Desde o ano passado, os moradores telefonam, pedem intervenção, o posto de saúde, as agentes comunitárias de saúde estão batendo nas portas das casas, o próprio posto, Ver. Sebastião Melo, tem solicitado intervenção do DMLU. Eu peço então às autoridades que, por favor, ajam.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 4396/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 037/08, que autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito até o limite de R$16.200.000,00 (dezesseis milhões e duzentos mil reais) com a Caixa Econômica Federal – CEF – e dá outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores, Vereadoras, senhores e senhoras que nos assistem, este é mais um Projeto que estamos aprovando para um crédito junto à Caixa Econômica Federal, Projeto este direcionado pelo Ministério da Cidade para o Departamento de Esgotos Pluviais - DEP.

Quero fazer um registro, como Conselheiro Nacional das Cidades que sou, representando os Vereadores do Brasil, no sentido de que nós temos trabalhado muito para construir as políticas públicas, para que as cidades possam investir nos projetos, para solucionar os problemas de habitação, de saneamento e de mobilidade urbana. Este aqui é mais um Projeto que estamos discutindo para aprovar 16 milhões e 200 mil reais a serem investidos no saneamento básico da cidade de Porto Alegre.

Gostaríamos de dizer que um dos temas é a recuperação do Arroio Dilúvio, a drenagem da Rua João Mendes Ouriques e adjacências, e que este trabalho todo soma um montante de 18 milhões, sendo 16 milhões do Ministério das Cidades.

Agora temos que cobrar também, já que estamos aprovando um Projeto para o DEP, a não-realização dos trabalhos do DEP; e vou-me referir, prioritariamente, ao Arroio do Salso, cuja dragagem está sendo devida. É uma dívida do Município, pois o último ciclone que veio deixou mais de 200 famílias, Ver. Professor Garcia, embaixo d’água. Portanto são mais 16 milhões de reais que nós estamos aprovando para o DEP.

Ver. João Antonio Dib - o senhor também é engenheiro -, eu cobrei aqui nesta tribuna inúmeras vezes que o Socioambiental apresentasse para nós o projeto de engenharia com o dinheiro que nós aprovamos do Ministério das Cidades: 420 milhões de reais para serem aplicados na metade sul da Cidade. O que está sendo feito com este projeto é um erro de engenharia! Por exemplo, na comunidade da Restinga, Ver. Professor Garcia, o que está sendo feito é a substituição da rede existente. E todas as comunidades do entorno que não têm saneamento básico ficarão fora da planta do Socioambiental. Isso é um equívoco de engenharia! Por quê? Porque o Executivo, a Prefeitura, o Prefeito Fogaça e a Verª Clênia Maranhão se negaram a mandar para esta Casa o projeto de engenharia, para que pudéssemos analisar, verificar e corrigir esses desvios projetuais. Portanto é dinheiro público sendo jogado fora. Esta é a realidade: se nós estamos aprovando, aqui, um Projeto para captar dinheiro público, nós temos que saber qual é o projeto, qual é o limite do projeto - isso tem que ser mandado para esta Casa. Ver. Sebastião Melo. V. Exª, como Presidente desta Casa, é responsável pela má aplicação do recurso público que está sendo feita lá no Programa Socioambiental, porque esta Câmara pediu que o projeto viesse para cá, e ele não veio até hoje. Não veio até hoje! E eu cobro, sim, da Presidência, porque foi a Presidência que pediu, oficialmente, ao Executivo Municipal, e o Executivo não mandou. É um equívoco a maneira como estão sendo feitas as obras do Socioambiental lá na Restinga e na Ponta Grossa: onde já existe obra, está sendo substituída a canalização, quando a vida útil dela não está esgotada, a bitola é aquela mesma, não há necessidade de ampliação. E todas as vilas do entorno - Bittar, Cecílio Monza, Chácara do Banco, Stringhini e muitas outras estão ficando fora da planta do saneamento básico. Portanto não vai ser resolvido o problema estrutural do saneamento básico da região sul com o Socioambiental.

Ver. João Antonio Dib, o senhor é testemunha de que eu cobrei nesta tribuna que viesse o projeto. O Presidente da Câmara pediu o projeto, ele não chegou até hoje. Ver. Garcia, o senhor é Líder do Governo; queremos, sim, ter esse projeto para dizer que a aplicação do recurso público do Socioambiental está sendo malfeita pelo Executivo Municipal, a não ser que se prove o contrário. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, este Projeto que está em Pauta, o dos 16 milhões e 200 mil reais... Eu acho que o Ver. Comassetto não leu o Projeto. Primeiro, ele fala que “nós”... “Nós”, quem, Vereador? Parece que é o Governo que está... Eu quero dizer que esse empréstimo está sendo contraído pela Prefeitura de Porto Alegre, mas quem vai pagar é o povo da Cidade como um todo, como sempre foi! Até porque nos anos de 2002, 2003 e 2004 houve déficit primário, e nos anos de 2005 e 2006 até metade de 2007, o Prefeito José Fogaça não conseguiu obter empréstimos, por déficit anterior no Município. Como conseguiu superávit primário, ou seja, arrecadou mais do que gastou, no ano de 2005, 2006, ganhou novamente uma carta de crédito para poder contrair empréstimo. Então, queremos fazer este registro.

O Vereador falou todo o tempo da Restinga, e vou ler. Este Projeto que estamos discutindo em Pauta prevê a drenagem na Rua João Mendes Ouriques e adjacências, que é coletor de fundos acima, passados os imóveis, frente própria na Rua João Mendes e para a Rua Cel. Marcos, e é hidraulicamente suficiente. E ali coloca: Rua Cel Marcos, Rua Manoel Leão, até o lago Guaíba, Travessa Pedra Redonda, ou seja, no entorno do bairro Assunção e da Pedra Redonda. E a recuperação do Arroio Dilúvio.

Então, ou o Vereador leu o Projeto errado, ou estava falando de uma outra cidade que não Porto Alegre. Mas o Projeto é bem claro. Esses 26 milhões e 200 mil reais... O Ver. Nilo Santos, inclusive, vai ser o Relator, e ele fala especificamente desses dois locais: drenagem da Rua João Ouriques e adjacências, que é no entorno da Pedra Redonda e Assunção, e recuperação do Arroio Dilúvio como um todo, que começa desde a Lomba do Sabão até a foz, aqui próximo da Câmara, ou seja, aí contempla, sim, todos os bairros: Agronomia, Jardim Carvalho, Bom Jesus, Jardim do Salso, Jardim Botânico, Petrópolis, Santa Cecília, Cidade Baixa, São José, Vila João Pessoa, Santo Antônio, Santana, Azenha e Menino Deus. Ou seja, todos esses bairros que largam os seus dejetos todos no Arroio Dilúvio.

Então, era importante fazer este registro, porque senão se fala em outra localidade que não é o objeto do presente Projeto.

Queremos dizer que essa iniciativa desse empréstimo de 16 milhões e 200 mil reais veio, e muito, colaborar para essa recuperação, até porque sabemos que Porto Alegre tem uma grande capacidade de endividamento. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder pela oposição.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, vou ter que continuar discutindo a Pauta aqui, porque o Ver. Professor Garcia, Líder do Governo, veio aqui, falou, falou e falou, não explicou, e não ouviu também a minha fala anterior. Quando defendi aqui, sim, nós votarmos favoráveis a este Projeto de 16 milhões de reais para essas duas ruas, referi, sim, que votamos favoráveis a outro Projeto de saneamento, e que os recursos estão sendo mal aplicados, porque o Governo não cumpriu com a sua parte de trazer as informações de forma transparente a esta Casa. É isso que está em xeque. No momento em que aprovamos um Projeto, temos que fiscalizá-lo.

Portanto, Professor Garcia, a Restinga faz parte de Porto Alegre, não é outro mundo: é o mundo de Porto Alegre, e fica lá na Zona Sul, talvez muitos não a conheçam.

E, além disso, quero dizer mais: ouvi um debate, recentemente, com o meu Prefeito mentindo em público, quando disse que a licitação do DMLU, que foi suspensa, tinha sido uma determinação sua. Isso não é correto! E aqui trago a cópia de um documento - (Exibe o documento.) - onde o Juiz determinou a suspensão da licitação pública do DMLU, por ação nossa, da Bancada do Partido dos Trabalhadores. No documento consta o seguinte: “Comarca de Porto Alegre. 5ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central. Ofício nº 1771/2006. Processo nº 001/1.06.0147517-1. Ação Popular. Autor: Carlos Atílio Todeschini [Bancada do PT]. Réu: Município de Porto Alegre e outros. Comunico que este Juízo deferiu parcialmente a liminar pleiteada nos autos, para o fim de determinar seja suspensa incontinenti a concorrência pública nº 01/06 desse Departamento, devendo ser retomada desde o seu início, com a reabertura do prazo (pelo menos igual ao fixado no edital original) para a apresentação de propostas, tudo conforme cópias da inicial e despacho que seguem anexas ao presente”.

Portanto, quando o Sr. Prefeito Municipal vai para o rádio e para a televisão dizer que foi uma ação sua, da Prefeitura, que determinou a suspensão daquela licitação pública que evitou os desvios dos cofres públicos municipais de nada menos e nada mais do que 133 milhões de reais, porque a segunda licitação, quando foi executada por ordem judicial, foi de 133 milhões de reais a menos. E o Sr. Clóvis Magalhães, que é o Secretário de Gestão do Município, que saiu em público defendendo o Prefeito, dizendo que estávamos equivocados, que era mentira deste Vereador, referindo isso alto e bom som, em espaços públicos, está aqui a prova. E nós iremos mostrar e demonstrar para toda a Cidade, que foi uma ação - gostaria que as câmaras mostrassem esse documento aqui, por favor, (Mostra documento.) - foi uma ação da Bancada do Partido dos Trabalhadores que determinou a suspensão da licitação pública, que evitou gastos desnecessários de 133 milhões de reais na licitação que derrubou; na outra semana, o Sr. Garipô Selistre, que estava coordenando o DMLU, que saiu de lá e foi empregado com um cargo de CC na PROCEMPA, e que está auxiliando o Executivo Municipal nos projetos de saúde, continua transitando dentro do Gabinete do Prefeito.

Portanto a determinação judicial desmente essa postura que o nosso Prefeito Municipal tem transmitido à cidade de Porto Alegre. Não foi o Executivo que tomou a iniciativa, foi a Bancada de oposição, com o seu papel de fiscalizar o Executivo Municipal, que evitou um gasto desnecessário de 133 milhões de reais aos cofres públicos.

O mesmo gasto que vim aqui cobrar, nesta tribuna, que está sendo feito desnecessariamente, ou equivocadamente, com o Projeto Socioambiental lá na Restinga. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo Governo.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, volto, primeiro, a insistir que, quando não se tem o que falar, às vezes, é melhor ficar quieto. Eu volto a dizer que, quando o Vereador falou sobre a Restinga, todos nós sabemos que a Restinga é da Cidade; agora, não é o objeto! E ele tentou mudar o foco, também, sobre a questão do DMLU. Ora, acho que o Vereador não prestou atenção, quando, mais ou menos, uns 30 dias atrás este Vereador trouxe aqui documento da ação, que não partiu de V. Exa, foi do Ver. Carlos Todeschini, temos que registrar esse crédito, entrou com a representação, e, inclusive, ninguém do PT foi ao julgamento. E qual foi o despacho do Juiz? Dizendo que a matéria tinha perdido o sentido por não ter ocorrido o processo licitatório. E o próprio Vereador que entrou com a ação não contestou. Então V. Exª está trazendo algo que, nos últimos dias, foi publicado em todos os jornais, e que, por exemplo, não é mais nem objeto a questão do indiciamento.

Agora, V. Exª sabe que nós poderíamos falar, por exemplo, do seu companheiro Darci Campani, sim, porque este já foi julgado, transitado, uma ação de 5 milhões de reais. E V. Exª poderia vir aqui explicar isso, eu acho que isso é importante para vermos por que ele foi condenado em todas as instâncias. Ver. Comassetto, V. Exª poderia vir aqui explicar o que aconteceu de fato, pois foi julgado em todas as etapas, em relação ao DMLU, o ex-Diretor, Sr. Darci Campani.

Quero dizer que o aspecto do julgamento, da licitação do lixo de Porto Alegre, sim, foi uma ação enérgica do Prefeito José Fogaça, que, quando viu que poderia ocorrer, de forma imediata, suspendeu o processo licitatório, e, ato contínuo, abriu um novo processo.

Então essas coisas têm que ser ditas, porque, ao longo da vida, eu aprendi que uma mentira dita várias vezes, sem uma contestação, pode passar como se fosse uma verdade.

Então eu volto a dizer, tentando sintetizar aquilo que eu havia falado: primeiro, o nosso objeto do estudo da questão do empréstimo de 16 milhões de reais não é a Restinga. Se o Vereador é identificado com a Zona Sul, ele quer levar tudo para Restinga. Eu acho importante, só que eu sou Vereador da cidade de Porto Alegre, tenho compromisso com a cidade de Porto Alegre. E volto a dizer: o que estamos discutindo hoje é a questão da dragagem, drenagem ali no entorno da Pedra Redonda e do Arroio Dilúvio, que não é rua. V. Exª disse “rua”. Ora, o Arroio Dilúvio todos nós conhecemos e fica na cidade de Porto Alegre.

E quanto à questão do episódio do lixo, eu volto a dizer: não há objeto, não foi analisado, foi indeferido pelo Juiz, e eu só gostaria que o Vereador explicasse por que o colega dele foi julgado, transitado, e já está sentenciado a um pagamento de 5 milhões de reais - isso é um fato incontestável! Eu gostaria que o Ver. Comassetto viesse à tribuna dizer que o Ver. Garcia está mentindo. Porque, quando é verdade, é verdade; e a verdade tem que ser dita. E eu gosto, quando eu estiver errado, que me contestem. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Antes do encerramento, quero lembrar a V. Exas que, hoje, a partir das 19 horas, neste plenário, ocorrerá Audiência Pública para tratar sobre a questão do Pontal do Estaleiro.

Portanto estão todos devidamente convocados para o debate.

Lembro, também, que, na próxima sexta-feira, nesta Casa, haverá um Seminário para tratar sobre o uso das sacolas plásticas, o que é muito importante, e todos os Vereadores também estão convidados a participar.

Agradeço.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Presidente, amanhã terá reunião da Mesa e das Lideranças?

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Reunião de Mesa e Lideranças, Ver. Dib: às 17 horas, da Mesa, e das Lideranças, às 18 horas.

Vamos propor, amanhã, que essa reunião seja antecipada, sempre nas quartas-feiras, mas como ela já foi convocada nesses moldes, ela será cumprida nesses termos amanhã.

Segue o que vinha ocorrendo no primeiro semestre. Obrigado.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão Extraordinária.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h12min.)

 

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